Febre Amarela
A doença
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus
transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se
não for tratada rapidamente. Os casos de Febre Amarela no Brasil são
classificados como febre amarela silvestre ou febre amarela urbana, sendo que o
vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois
casos, a diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.
Na febre amarela silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e
Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa
situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma
área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Na febre amarela urbana o
vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem, mas esta não é
registrada no Brasil desde 1942.
Sintomas
Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dor de
cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e
fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia
(coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e,
eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das
pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.
Depois de identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade
de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos
15 dias anteriores ao início dos sintomas e se você observou mortandade de
macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você
tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.
Tratamento
Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve
tratar os sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e
antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso
pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve
estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.
Importante: Somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar
corretamente a doença.
Como evitar
A única forma de evitar a Febre Amarela é através da vacinação.
Vacinação
A recomendação para vacinação contra febre amarela é apenas para as
pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina. A
população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas
áreas não precisa buscar a vacinação neste momento.
O esquema da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto
para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro
anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem
não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de
reforço, dez anos depois da primeira.
Esquema vacinal
Orientação para vacinação contra febre amarela para residentes em área
com recomendação da vacina ou viajantes para essa área:
Contraindicações
A vacinação contra febre
amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O
Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a
administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de
risco-benefício. Pessoas com histórico de reação alérgica a substâncias
presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros
produtos com proteína bovina), além de pacientes com histórico anterior de
doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção
cirúrgica) também devem buscar orientação profissional.
A vacina é contraindicada para:
- Crianças menores de 6 meses
de idade;
- Pacientes com imunodepressão
de qualquer natureza;
- Pacientes infectados pelo HIV
com imunossupressão grave;
- Pacientes em tratamento com
drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia,radioterapia,
imunomoduladores);
- Pacientes submetidos a
transplante de órgãos;
- Pacientes com
imunodeficiência primária;
- Pacientes com neoplasia;
- Indivíduos com história de
reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de
galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);
- Pacientes com história
pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de
timo ou remoção cirúrgica);
- A administração deve ser
analisada caso a caso na vigência de surtos.
Áreas
de recomendação de vacina
Fonte:Sesa
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