DENGUE


    A doença

De origem espanhola a palavra dengue significa "manha", "melindre", estado em que se encontra a pessoa doente.
É uma doença infecciosa febril aguda que pode se apresentar de forma benigna ou grave. Isso vai depender de
diversos fatores, entre eles: o vírus e a cepa envolvidos, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais
como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).
A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão pelo contato direto
com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou alimento.
O Mosquito
O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. 
Originário da África, foi disseminado de forma passiva pelo homem, hoje é considerado
 um mosquito cosmopolita.
Menor que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti é preto com riscos formando um
 pequeno desenho semelhante a uma taça no tórax e listras brancas na cabeça e nas
 pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível 
ao ser humano.
O macho, como os de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, 
no entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados 
separadamente nas paredes internas de objetos, próximos a superfícies de água limpa,
 local que lhes oferece melhores condições de sobrevivência. No momento da postura são
 brancos, mas logo se tornam negros e brilhantes.
Em média, cada A. aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150
 e 200 ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao 
completarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a doença.
Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente 
em recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos
 que eclodem em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, 
a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adulto.
O A. aegypti põe seus ovos em recipientes artificiais, tais como latas e garrafas vazias, pneus,
 calhas, caixas d?água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que
 possa armazenar água de chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, como 
bromélias, bambus e buracos em árvores.
A transmissão da dengue, bem como da febre amarela, depende da concentração do mosquito:
 quanto maior a quantidade, maior a transmissão. Esta concentração está diretamente relaciona
da à temperatura e pela presença das chuvas: mais chuvas, mais mosquitos.






Foco de Aedes aegypti

O Aedes aegypti é um mosquito urbano, embora já tenha sido encontrado na zona rural, onde foram levados em recipientes que continham ovos ou larvas. Próprio das regiões tropical e subtropical, não resiste a baixas temperaturas presente em altitudes elevadas.


Larva do Aedes aegypti
Estudos demonstram que, uma vez infectada - e isso pode ocorrer numa única inseminação -, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de, pelo menos, parte de suas descendentes já nascerem portadoras do vírus.
As fêmeas preferem o sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado. Atacam de manhãzinha ou ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada. Tanto as fêmeas quanto os machos abrigam-se dentro das casas ou nos terrenos ao redor.
Aedes albopictus

O Aedes albopictus é outro transmissor potencial do vírus da dengue. No entanto, não existe comprovação científica de que tenha transmitido a doença. Seu ciclo evolutivo é semelhante ao do Aedes aegypti. Encontrado tanto na zona urbana quanto na rural, alimenta-se de sangue humano ou de qualquer outro animal e é mais resistente que o Aedes aegypti Essa capacidade para adaptar-se, torna seu combate mais difícil.

Sintomas


O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LEISHMANIOSE

MI - AEDES Monitoramento inteligente de mosquitos Aedes

ENTREGA DOS NOVOS UNIFORMES DOS AGENTES DE ENDEMIAS (DENGUE)